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sábado, 16 de novembro de 2013

Como se forma um Sniper


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Como se forma um Sniper 

 
 
Escola de Sniper - 4
As táticas dos snipers não nasceram prontas, mas foram criadas com o desenrolar dos conflitos, assim como suas armas e equipamentos. Os snipers recebem treinamento sobre camuflagem, ocultação, caça e observação, alem de tiro em varias condições. Disparam centenas de tiros em varias semanas enquanto aprendem outras habilidades.

Os snipers reais treinam muito as técnicas de camuflagem, pois, deve atirar sem ser notado. Dependem dela para sobreviver. A técnica de camuflagem principal é criar vestimentas chamadas de "Gillie Suit" que são colocadas em cima do uniforme.

A aproximação do alvo ou técnicas de progressão é chamado "stalk" no USMC. Para ser bom em stalk o sniper precisa de muita paciência e coragem. Arrastar-se em zig-zag na grama para dificultar a visualização do próprio rastro. O nascer e por do sol faz os óticos da luneta brilhar e cada hora trás vantagem e desvantagens em um combate de snipers. A tática anti-barulho é levar o mínimo de equipamento possível. Bom mesmo é só o fuzil, munição e vestimenta.

Sniper é uma tarefa especializada e precisa de escola apropriada, treinamento, doutrina e armamento especializado. Não é uma tarefa que pode ser ensinada para qualquer soldado. Em tempo de guerra, a vantagem tática costuma ir para tropas mais bem treinadas, equipadas e motivadas. O sniper tem que ter os três juntos. Todos os soldados são treinados para destruir um oponente, mas os sniper a levam a arte de matar a seu máximo refinamento.

A habilidade de atirar em alvo fixo conta menos. A habilidade de tiro está relacionada com os alvos cujo alcance, tamanho, localização e visibilidade não podem ser engajados por um atirador comum. O sniper deve ser paciente e ter controle emocional para operar isolado e sob tensão. Deve ter instinto e iniciativa. Uma das táticas é nunca atirar mais de uma vez do mesmo lugar e se expor o mínimo possível. Bom mesmo é o tiro rápido tipo "snap shot" que precisa de muito treino.

A frase "um diparo, uma morte" é outro efeito psicológico da mística dos snipers. A frase incorpora a táticas e filosofia da furtividade e eficiência dos snipers: um único tiro evita disparo desnecessário, todo disparo é certeiro.

O sniper tem que ser inteligente para desenvolver habilidades de "zerar" a mira da arma, estimar distância e vento, ter conhecimentos de balística, munição, ajustar óticos, ler mapa, fazer patrulha, usar cobertura e camuflagem, movimentação, observação, coleta de inteligência, escolher posição de tiro, reação ao contato e rota de fuga. O sniper deve saber operar rádios, chamar artilharia, fazer navegação e identificar armas e uniformes inimigos.

Durante o tiro o sniper deve conhecer as técnicas de controle gatilho, alinhar com o alvo e fazer controle da respiração, avaliar distância, ventos, elevação e luminosidade. Deve saber engajar alvos móveis e usar lunetas.

Os sniper treinam disparar o gatilho com ponta dos dedos para maior precisão. Algumas doutrinas falam em respirar fundo antes do disparo e segurar respiração para alinhar e atirar. Outros vão além e citam em disparar entre batidas do coração para minimizar movimento do cano. A posição com melhor precisão é a deitado, com apoio de saco de areia para o fuzil ou bipé.
A chave do bom sniper é consistência, o que implica na capacidade da arma e do atirador. Consistência não significa necessariamente precisão (que precisa de treino) e o sniper não pode ser preciso sem ela. Os disparos de uma posição fixa devem ser agrupadas, mesmo a longa distância.

A consistência tem que ser máxima quando sniper dispara o primeiro tiro contra um inimigo que não sabe da sua presença. Alvos de altíssima prioridade como os snipers inimigos, oficiais e equipamento importante de serem atingidos irão se esconder após o primeiro tiro ou tentar localizar o sniper e atacar alvos estratégicos se torna mais difícil.

O sniper deve ser capaz de estimar a distância, vento, elevação e outros fatores que alteram o tiro. O sniper deve saber como o calor do cano, a altitude e temperatura ambiente afetam o vôo do projétil.

O problema do tiro a longa distância é calcular o vento. Com vento forte é difícil acertar um alvo a mais de 200m. O vento pode ser estimado pela inclinação da grama. Com vento forte a grama fica com as pontas na horizontal. A chuva atrapalha os projeteis e desviam muito.

Atirar para cima ou para baixo precisa de mais ajustes devido ao efeito da gravidade. Contra alvos moveis o ponto de pontaria é a frente do alvo, conhecido como "leading" o alvo.

O USMC estabeleceu uma escola permanente de sniper em 1977, sendo um curso igual ao dos fuzileiros britânicos com 30% de falha. O curso dura 10 semanas, com fase acadêmica, de campo e de caçada (stalk). A escola do US Army foi formada em 1987 com um curso mais simples que o USMC. Na operação Desert Storm foi deslocado para treinar no local. As tropas das Forças de Operações Especiais americanas participam de cursos nas escolas do US Army e USMC.

Os snipers russos tem o treinamento mais longo de todos os países chegando a durar um ano. Os russos dão muita importância aos sniper devido a experiência na Guerra Civil espanhola e na guerra contra a Finlândia. Seus atiradores de elite atuam como snipers ou DM dependendo da situação. São treinados aos milhares como DM que depois servem de fonte para sniper verdadeiro.

É raro um soldado se tornar sniper apenas por ser bom de pontaria.

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